Esta Escultura Têxtil foi fruto de uma atitude absolutamente experimental em minha trajetória. Retrabalhando uma pintura abstrata, depois de tirá-la do chassi, tive um impulso de dobrá-la e redobrá-la, buscando formas e volumes aleatórios, até que um Ser foi sugerido ... Parecia uma mulher ... Parecia que estava ajoelhada... Dobrei outro pedaço de Tela em branco para sugerir uma cabeça ... Foi nascendo uma mulher, uma senhora! Retoquei suas cores, simplificando ... Usei uma terra que gosto muito, um minério de Alumínio que se chama Bauxita, natural dos planaltos de Poços de Caldas, uma região que fora um vulcão, em Minas Gerais. Entrei com mais azuis, depois roxos. Em seguida, dobrei outro pedaço de tela em branco para sugerir um chale, que as italianas usavam. Já estava pensando em minha bisavó Euphemia, que não saía de dentro de mim. E assim de dentro, configurei-a fora. De dentro para fora, nasceu Euphemia Sgobbi Foresti sob uma forma escultórica têxtil. Minha amiga quando a viu, vislumbrou uma sacerdotisa, uma mulher sábia. Pura verdade! Acolhi!
Busquei, então, aprimorar essa imagem para suscitar Silêncio, Sabedoria e Interioridade, arquétipos do Feminino!
E assim nasceu minha segunda homenagem à minha "bisnonna" Euphemia Sgobbi Foresti, perante a qual também me ajoelhei em reverência ao Amor e à Força do Feminino.